A SUPERSTIÇÃO
As superstições são muito variadas. Exprimem uma forma de ver o
mundo. Têm as suas origens nas culturas, na história e na geografia do país e também
na religião.
Pelas superstições as pessoas tinham medo de coisas
materiais; eventos; pessoas; lendas e animais por ouvi-lo dos seus familiares
ou pelas ruas, ou pelas prédicas religiosas.
Difundiam-se a fim de proteger as pessoas dos riscos da
rua, dos inimigos, dos infiéis no caso da religião. Por outro lado difundiam-se
como uma maneira de prestar atenção e valorizar os objetos, os alimentos e os
animais.
O efeito que surtiam as superstições, quer por uma razão
quer por outra, era o medo. O medo levava as pessoas a não desafiar a sorte por
não respeitar a superstição. Nos dias de hoje o homem um pouco por desgraça e
um pouco por sorte tornou-se mais céptico, por conseguinte muitas superstiçõoes
desapareceram.
As superstições dos nossos dias parecem ser mais
inocentes, mais estúpidas porque a maior parte das pessoas já não faz caso
disso. As mais conhecidas são: o espelho partido por acaso; o sal caído da
mesa, o gato preto que se cruza pelo caminho, as recomendações de não passar
debaixo duma escada. Todos estes acotecimentos trazem má sorte.
Como eu dizia antes, as superstições variam segundo o país,
a região e as culturas: duvido que em todos os países o dia 17 calhar à sexta-feira
seja mau sinal mas em Itália sim! Da mesma maneira na Itália o número 4 não é
desafortunado, ao contrário no Japão o número 4 é “a morte” e por isso não se
encontra nenhum quarto, nenhum jantar, nenhum piso, edifício ou rua com o número
4. A sucesão dos números então nos hospitais ou num elevador será: 1; 2; 3; 5.
Na minha cidade há superstições ligadas ao território,
como em muitas cidades, em Perugia há um monumento que tem uma lenda que criou
uma superstição.
O arco que fica na rua que liga Piazza Cavallotti com
Piazza 4 novembre é um arco que impede o casamento: se eu passasse debaixo
desse arco não me casaría nunca. Eu pessoalmente tenho experiência dumas
superstições. Na universidade diz-se que não é aconselhável passar pelas
escadas da faculdade de matemática se se tem um exame no mesmo dia. Além disso
diz-se que pelo corso Vannucci no dia do exame é proibido passear pisando as
linhas rebaixadas aos lados da rua onde ficam os escoamentos porque o risco é não
passar no exame. Em família e também com os amigos há superstições: se vamos
ver uma partida, um jogo sempre haverá posições que respeitar ou camisetas da
sorte que desde a primeira partida ganha não deixaram de ser a regra para ver o
jogo.
Na minha casa a bandeira italiana deve ser colocada
debaixo da televisão durante as partidas da equipa nacional de futbol. A minha
irmã se há penaltis a marcar coloca-se em cima da bandeira. Este ritual é típico
da nossa família desde os mundiais de 2006. De tudo isto a minha opinião é que
as superstições podem ser engraçadas e podem manter-se só se não chegam ao
excesso. Estes medos o crenças, chamados superstições, se tomados a sério não
permitem viver, porque criam a ilusão, a ideia de que tudo é governado pela
sorte e pelo acaso, e que o homem não se pode opor ao seu destino. Portanto
muitas pessoas vivem de forma passiva a sua vida condicionadas em tudo pela
superstição.